sábado, 12 de junho de 2010

achei aqui :: PREMIO EUROPEU DE ESPAÇO PÚBLICO URBANO


Aconteceu em Barcelona ontem, 11 de junho, o ato de entrega do Prêmio Europeu de Espaço Público Urbano de 2010. O prêmio é anual, e nessa edição, foi comentado pelo ilustre jurado Rafael Moneo. E eu fui lá conferir! Aqui estão minhas anotações:

Entre os ganhadores estava a OperaHouse de Oslo. No caso, o que estava em questão era a cobertura do edifício, que se converte em espaço público. De acordo com Roar Bjordal, diretor do projeto, o edifício foi pensado como uma ferramenta pública desde o início, e que esse fator foi fundamental para o sucesso do resultado. Ele ainda acrescentou: "You cannot own anything you cannot walk in. You cannot own anything you cannot touch it".

Moneo, ao comentar o projeto, afirma que esse é um dos edifícios mais ambiciosos desse tempo e que representa muito bem a tendência dos princípios do séc. XXI de dissolver a arquitetura na paisagem, escapando dos excessos formais dos anos 90, buscando oferecer alternativas ao que foi a arquitetura tradicional.




O outro projeto ganhador foi a Open-Air-Library en Magdeburgo, Alemanha. O local está em uma região de muito ruído, intenso transito e uma área industrial próxima. É uma área no centro da cidade, onde muitas das casas se viam abandonadas. No terreno, também abandonado, já havia existido uma biblioteca. Assim, os autores resolveram realizar ali uma nova biblioteca com a participação cidadã.

Sem dinheiro, começaram pedindo a doação de livros, e em pouco tempo já tinham 10.000 exemplares doados. E foi aí que foi feito um "building workshop" com as crianças para começar o processo de projeto. Com mil engradados de cerveja doados por uma empresa local, construíram um espaço temporário, que funcionou 1 dia, para dar início às atividades, e incentivar a participação dos moradores. Após esse experimento, foi definido que seria utilizado material reciclável para a construção da biblioteca. Com isso, encontraram um edifício de depósito que estava abandonado e foi aí que resolveram reaproveitar os módulos de sua fachada. Além dos módulos, moradores puderam grafitar parte da fachada com grafites em preto, cinza e branco.

O resultado é super bacana e a biblioteca funciona tão bem que hoje já existe um novo espaço para armazenar os mais de 20.000 livros. De acordo com Rafael Moneo, é uma nova visão de espaço público auto-gestionado com um sofisticado tratamento arquitetônico com material reciclado.





No site do Prêmio, é possível ver os projetos de forma mais detalhada, além de poder ver as menções honrosas, que valem a pena ser vistas também!

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